29 missionários assassinados em 2019

Desde 2018 a África tem ocupado o trágico primado em assassinado de missionários

Registra-se uma espécie de “globalização da violência”: enquanto no passado os missionários assassinados se concentravam em boa parte numa nação, ou numa área geográfica, em 2019 o fenômeno se mostra mais generalizado e difuso. Neste ano 10 países da África, 8 da América, 1 da Ásia e 1 da Europa foram banhados pelo sangue dos missionários.

Cidade do Vaticano

Na esteira do Mês Missionário Extraordinário de outubro de 2019, vivido pelas comunidades católicas em todas as latitudes, que foi também ocasião de redescobrir as figuras de tantas testemunhas da fé das Igrejas locais que deram a vida pelo Evangelho e nos contextos e nas situações mais variadas, a agência missionária Fides prosseguiu também este ano seu serviço de colher as informações relacionadas aos missionários assassinados ao longo dos doze meses transcorridos.

Todo batizado é um discípulo missionário

O termo “missionário” é aqui utilizado para todos os batizados, conscientes de que “em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário (cf. Mt 28, 19). Cada um dos batizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização” (Evangelii Gaudium 120).

De resto, o elenco anual da Fides já de há muito não diz respeito somente aos missionários ad gentes propriamente, mas busca registrar todos os batizados engajados na vida da Igreja mortos de modo violento, não expressamente “por ódio à fé”.

29 missionários assassinados ao longo do ano

Por esse motivo se prefere aqui não utilizar o termo “mártires”, a não ser em seu significado etimológico de “testemunhas”, para não entrar no mérito do juízo que a Igreja possa eventualmente dar sobre alguns deles propondo-os, após um atento exame, para a beatificação ou a canonização.

“Segundo os dados levantados pela Fides, ao longo do ano 2019 foram assassinados no mundo 29 missionários, em sua maioria padres: 18 sacerdotes, 1 diácono permanente, 2 religiosos não sacerdotes, 2 irmãs, 6 leigos.”

Após oito anos consecutivos em que o número mais elevado de missionários assassinados foi registrado na América, a partir de 2018 tem sido a África a ocupar o primeiro lugar nesta trágica classificação.

 

Globalização da violência

Na África em 2019 foram mortos 12 sacerdotes, 1 religioso, 1 religiosa e 1 leiga (15). Na América foram assassinados 6 sacerdotes, 1 diácono permanente, 1 religioso e 4 leigos (12). Na Ásia foi morta uma leiga. Na Europa foi assassinada um irmã.

Outra nota reside no fato que se registra uma espécie de “globalização da violência”: enquanto no passado os missionários assassinados se concentravam em boa parte numa nação, ou numa área geográfica, em 2019 o fenômeno se mostra mais generalizado e difuso. Neste ano 10 países da África, 8 da América, 1 da Ásia e 1 da Europa foram banhados pelo sangue dos missionários.

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Fides

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Nigéria: onze cristãos são mortos pelo autoproclamado Estado Islâmico

Onze cristãos foram mortos na Nigéria. É o que informa a BBC News África, segundo a qual o autoproclamado Estado Islâmico (EI) publicou um vídeo que mostra o assassinato dos onze. A organização terrorista declarou que esta ação é uma vingança pelas mortes em outubro passado de seu líder e de seu porta-voz na Síria, respectivamente, Abu Bakr al-Baghdadi e Abul-Hasan Al-Muhajir.

Não foram oferecidos detalhes sobre as vítimas, todas de sexo masculino, mas a organização afirma que foram “capturadas nas últimas semanas” no estado de Borno, nordeste da Nigéria.

 

Condenação da ONU

O assassinato brutal foi documentado no vídeo de 56 segundos, produzido por Amaq, órgão de propaganda do autoproclamado EI, e foi publicado esta quinta-feira (26/12). O vídeo foi gravado numa área externa não identificada.

Um prisioneiro é atingido fatalmente ao tempo em que outros dez são jogados no chão e decapitados. A ação foi duramente condenada pelo secretário geral da Onu António Guterres, que expressou solidariedade ao governo e ao povo da Nigéria.

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Vatican News

 

 

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