“Qual proposta de Iniciação à Vida Cristã?” A pergunta marcou a primeira etapa da exposição do padre Abimar Oliveira de Moraes. Coube ao Presbítero, do Rio de Janeiro, assessorar a 22ª Assembleia Diocesana de Pastoral. O encontro, voltado à discussão do tema iluminado pelo Documento 107 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários), aconteceu na Paróquia Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, na Vila Maceno, em São José do Rio Preto, no sábado, 29 de Setembro.
mas dirigido a toda a Humanidade
“Sou um catequista como vocês. (…) O Catequista se coloca na Comunidade como o facilitador que faz ecoar a Palavra de Deus”. A fala do padre Abimar, além de servir de “cartão de visitas” do Presbítero, mostrou que as forças pastorais devem estar a serviço da Boa Nova para criar fraternidade. “A Iniciação à Vida Cristã é o eixo que norteia a vida da Comunidade”, disse.Ainda no contexto da vocação e da missão, foi sublinhada uma realidade: a Catequese e a Liturgia sempre foram “irmãs” em um processo de Iniciação à Vida Cristã. Para o padre Abimar, além delas, a caridade também passou a caminhar dissociada. “Essas realidades precisam de um eixo norteador para que não se percam nas suas especificidades”, disse. “Se nós fizermos a nossa parte, alguém pode se tornar cristão”, concluiu o religioso sintetizando o novo tempo vivido pela Igreja (em que ninguém nasce, mas torna-se cristão). A etapa é, segundo o Assessor, de dedicar atenção ao “plantio” (no caso, à iniciação à Vida Cristã).
Iniciar é uma tarefa que cabe
não somente à Catequese
O padre Abimar, a partir dessa afirmação, mostrou a proximidade e o posterior distanciamento entre Liturgia e Catequese. “Os encontros (hoje) são aulas. Eles não são orantes. A parceria (entre Catequese e Liturgia) ajuda na retomada da mística (superando a ‘noção escolar’; quando do processo formativo)”, completou. Nesse contexto, é muito importante resgatar o espírito ou inspiração catecumenal. “Para isso, é necessário entender que não existe fé professada sem que ela seja celebrada; bem como não existe fé celebrada sem que ela seja sustentada pela fé professada”, completou.
Os Diocesanos, na segunda etapa da reflexão, foram convidados a mergulhar no Mistério. “Por Mistério cristão entende-se o plano divino da salvação que Deus realiza na história da humanidade. Ser mergulhado no Mistério é reconhecer o Crucificado-Ressuscitado, viver com Ele e esperá-Lo”, resumiu o padre Abimar. “A parceria entre Catequese e Liturgia deveria ser celebrada para ajudar ambas a mergulhar na Mistagogia (Mistério Cristão)”, completou o Assessor. No final da etapa, foi aberto um espaço para perguntas e comentários. “O processo não é retilíneo”, sublinhou dom Tomé; mostrando que em algum momento o Cristão retoma a sua caminhada formativa, nunca estando definitivamente formado. “Também não existe uniformidade”, lembrou o Epíscopo (recordando que nem todos serão alcançados da mesma maneira a partir de semelhante método).
Comunicações
O Setor Juventude, na pessoa do padre Dalben, apresentou a programação prevista para os próximos meses; tendo o Dia Nacional da Juventude e a participação na Assembleia das Igrejas como principais expoentes. O padre Rafael, responsável pela Dimensão Missionária, destacou o programa das Missões Regionais que serão realizadas em toda a Diocese nos dias 12, 13 e 14 de Outubro. O Presbítero também falou sobre a convocação do Papa Francisco para que a Igreja, em 2019, celebre o “Mês Missionário Extraordinário”.Ao padre Gerson, Coordenador de Pastoral, coube recordar a proposta de encontros em preparação à visita do Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Diocese. Nesse contexto, o padre Leonildo partilhou a dinâmica realizada na Comunidade do Sagrado Coração de Jesus. “É a Mãe que nos acolhe”, testemunhou. Por último, o padre Rogério Correa sintonizou os presentes acerca da Caminhada do Padre Mariano, em 11 de novembro. Outros momentos farão parte da programação.
3ª Conferência
A ação do Espírito Santo foi o centro da fala do padre Abimar, na sequencia do diálogo proposto pela Assembleia Diocesana. “O Mistério de Cristo, entre a acensão e a parusia, é constituído pela missão do Espírito que o Senhor glorioso envia do Pai sobre a sua Comunidade”, reportou o religioso. A reflexão culminou na certeza que “os Sacramentos devem ser reflexo da Igreja que nós somos”, em um contexto de unidade Pastoral (com coerência entre o Projeto de Jesus Cristo e aquilo que se tenta fazer pastoralmente).Palavra do Pastor Diocesano
Dom Tomé Ferreira da Silva reforçou os agradecimentos aos envolvidos na organização do Encontro Diocesano celebrado sob a assessoria do padre Abimar; destacando a articulação promovida pelo padre Gerson. No contexto da Iniciação à Vida Cristã, o Epíscopo falou que é preciso avançar. O Bispo Diocesano, no trânsito do Ano Nacional do Laicato, recordou ainda a realização da Semana Cultural como último evento do período proposto pela Igreja no Brasil.A Consagração ao Imaculado Coração de Maria, último ato do Encontro, se apresentou como incentivo ao enfrentamento dos desafios propostos na 22ª Assembleia Diocesana de Pastoral.
TEXTO / FOTOS
André Botelho
Assessoria de Comunicação
Santuário São Judas Tadeu