O portal da CNBB recupera, às vésperas de realização do Debate de Aparecida marcado para o próximo dia 20/09, às 21h30, a experiência que a entidade já possui com a realização de debates com os presidenciáveis. O primeiro debate, realizado em 23/08/2010, pelas Tvs Canção Nova e TV Aparecida, teve um alcance de 100 milhões de telespectadores. José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio Arruda (Psol) participaram desta edição. A candidata Dilma Rousseff (PT) não compareceu alegando problemas de agenda. À época do debate de 2010, cardeal dom Odilo Pedro Scherer destacou o papel da Igreja no discernimento dos eleitores.
Em 2014, dia 16/09, a CNBB realizou o seu segundo debate com presidencáveis transmitido por 8 emissoras de inspiração católica e retransmitido para 230 rádios ligadas à Rede Católica de Rádios. O debate foi mediado pelo jornalista Rodolfho Gamberini, então contratado da TV Aparecida.
Segundo Guilherme Werlang, bispo de Lages (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a grande contribuição da Igreja, ao promover estes debates, por meio da rede católica de emissoras de TV e rádio, é demonstrar ao povo brasileiro que de, fato, a Igreja não está omissa à questão eleitoral.
O debate também vai demonstrar muito claramente, na avaliação do religioso, que a Igreja Católica não tem um partido político e não tem nenhum candidato que irá como sendo seu candidato. “Nós, como Igreja Católica, queremos contribuir para que o povo brasileiro, usando do seu direito e da sua obrigação de cidadania, façam um bom discernimento”, reforçou.
Para dom Guilherme, o debate deve promover a apresentação de ideias que interessam a todo povo brasileiro e não apenas os temas que interessam à Igreja Católica. Temas como a concentração de renda, meio ambiente, política salarial, garantia de uma boa e justa aposentadoria, saúde e educação serão abordados no debate sob a ótica dos interesses mais gerais do brasileiros. A questão carcerária no Brasil é outro ponto que segundo o bispo merece destaque.
FONTE: CNBB