Diocese de São José do Rio Preto: 90 anos

Bispo e padres rezam aos pés do Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria. Foto: Marcos Freitas/Pascom Diocesana

25 de Janeiro de 1929. A Diocese de Rio Preto, que anos mais tarde também passou a destacar São José em seu nome, era criada pela Bula “O Cuidado de Todas as Igrejas”. O Papa Pio XI, naquele ato, desmembrava o novo território de São Carlos; atendendo ao pedido de dom José Marcondes Homem de Melo. Eram, à época, 15 Paróquias e o ardente desejo de “tornar mais fácil e conveniente a direção dos fiéis cristãos”, conforme apresentado no documento papal.

Passados exatos 90 anos, o Noroeste Paulista voltou a estar em festa ao celebrar ação de graças pelas nove décadas de “história, fé e vida” dessa Igreja Particular. Os motivos não foram poucos: a constituição de Paróquias (hoje são 70) e o surgimento de duas novas Dioceses (Catanduva e Votuporanga) a partir do desmembramento do território diocesano por si só seriam ocasião para as comemorações, mas a religiosidade popular e o testemunho de disponibilidade de diáconos, seminaristas e religiosos completaram a “alegria jubilar”. Aos padres, recordando o compromisso com o serviço ao Povo de Deus, foram destinadas as Estolas; abençoadas e entregues pelos coordenadores das Regiões Pastorais.

Para manter os corações em sintonia com Cristo, na graça, os diocesanos presentes à Missa celebrada na Catedral de São José, no dia da conversão de São Paulo, contaram com a oração do Bispo Diocesano, dom Tomé.

“És ó Mãe cheia de graça” 
O perdão celebrado abriu caminho para o retorno do Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria à Igreja Catedral. A “padroeira” da Diocese de São José do Rio Preto, na pessoa de Nossa Senhora, concluiu a Peregrinação iniciada em Junho de 2018 “ladeada” pelos Beatos Padre Mariano e Madre Assunta Marchetti. O Salmo, nesse contexto, reforçou o chamado ao “ide por todo mundo. A todos pregai o Evangelho”.

Catequese do Bispo
“O nosso coração está pleno de alegria e se abastece da virtude da esperança. Aos 90 anos somos chamados a ser uma Igreja testemunha e missionária”, disse dom Tomé à luz da Palavra de Deus. “Não celebramos a história, mas a ação de Deus através e na história. (…) Deus tem agido intensamente na história dessa Diocese”, sublinhou o Epíscopo.

Recordando que uma das expressões da vontade de Deus é que Jesus Cristo seja conhecido, dom Tomé citou valorosos exemplos de conversão, mas apontou a de São Paulo como única a ser celebrada na Liturgia. “De perseguidor dos Cristãos a Apóstolo de Jesus Cristo”, destacou o religioso ao se apoiar na certeza que “a Palavra de Deus orienta e sustenta a Igreja”.

Ainda sobre a Peregrinação da imagem do Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria, dom Tomé emocionou a Assembleia Celebrante ao convidar os presentes a imaginar quantos olhares estão guardados no coração de Maria. (…) Quantas Preces foram ouvidas, ao longo dos últimos meses, no Coração de Maria”. Agradecendo as forças vivas da Diocese, o bispo destacou os 50 anos de Ordenação Presbiteral do padre Serafim e o Jubileu de Prata dos padres José Carlos e Marcos Chiquetto. “Uma noite de ação de graças, de alegria e de esperança. E que o Espírito Santo nos assista nesse decênio rumo à celebração do centenário”, concluiu do Tomé. Encerradas as apresentações dos Seminaristas do Propedêutico, da Filosofia e da Teologia, Bispo e Clero formaram uma “coroa” ao redor de Nossa Senhora para entoar a Ladainha; coro que proclamou o “Coração de Maria, instrumento do Filho na redenção”.

E foi no Filho, na forma do “Pão Consagrado”, que os Diocesanos; Padres, Diáconos, Religiosos, Seminaristas e Leigos se revigoraram para seguir caminhando. Dom Tomé, por Graça de Deus Bispo de São José do Rio Preto, abençoou o Povo aos seus cuidados confiado concedendo a Bênção Apostólica com Indulgência Plenária. “A nossa gratidão pela sua vivência de fé, de seu amor à Igreja e de seu testemunho”, concluiu o Epíscopo se dirigindo a todos aqueles que trabalharam para a edificação da Diocese nas últimas nove décadas; ao que os Diocesanos reiteravam a disposição em ser uma “Igreja em saída” para, na sequência, suplicar “ó vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem!”

TEXTO
André Botelho
Jornalista / Santuário
São Judas Tadeu

FOTO
Marcos Freitas
Pascom Diocesana

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