Diocese inicia caminhada quaresmal

Diocese inicia caminhada quaresmal à luz da Campanha da Fraternidade

“Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos”. O refrão do Salmo 50, entoado pelos Diocesanos reunidos na Catedral de São José na manhã de quarta-feira, 6 de março, foi sinal do reconhecimento das faltas, que leva à autêntica conversão; atitude tão própria da Quaresma (período que se estenderá até quinta-feira santa antes da Missa da Instituição da Eucaristia, quando começa o Tríduo Pascal). “Nesses 40 dias que virão (…) somos convidados a buscar a reconciliação e a não deixarmos passar em vão este tempo que estamos iniciando”, indicou dom Tomé Ferreira da Silva.
O bispo de São José do Rio Preto presidiu a Eucaristia que marcou, igualmente, a abertura da Campanha da Fraternidade; “que nos convida a olhar e a promover entre nós Políticas Públicas que possam se tornar um remédio para as consequências do pecado na sociedade”, sublinhou o Epíscopo. Autoridades estiveram presentes à Celebração, todas saudadas na pessoa do Deputado Estadual Orlando Bolçone.

Destacando a caridade, o jejum e a penitência como “alicerces” da Quaresma, dom Tomé mostrou que o mal que alcança a pessoa acaba por constituir-se no mal que “contamina” a sociedade. “Que nós, cristãos católicos, e cidadãos, possamos nos envolver nos esforços dos poderes constituídos e da sociedade civil para também fazermos a nossa parte. Quando não o fazemos, nós cruzamos os braços diante das manifestações sociais do mal e do pecado”, sublinhou o Bispo.

As atitudes de conversão, à luz da Campanha da Fraternidade 2019, alcançam diversos aspectos, mas não estão exclusivamente apoiadas nas ações dos governos. O cidadão pode estar engajado em práticas para a prevenção do uso de drogas, por exemplo. Outro “segmento para conversão”, comumente relevado a segundo plano, é o ambiental. O Brasil, nesse contexto, é o 4º maior produtor de lixo no mundo. “Preservar a vida na Terra, que é a nossa Casa Comum,” é outra forma de remissão destacada por dom Tomé.

Construção de uma cultura da paz

“A violência está disseminada no coração das pessoas e da sociedade. A violência é sempre uma manifestação do mal (…) a violência não combina com a caridade a que somos chamados nesse tempo da Quaresma”, indicou o bispo apontando a construção de uma “cultura de paz” como outro importante itinerário de conversão; em uma “caminhada efetiva para celebrar o Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo”, orientou o Epíscopo.

Concluída a homilia, as Cinzas foram abençoadas e impostas sobre os Padres, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Seminaristas e fiéis leigos. “Seja, para você, um tempo santo; um retiro quaresmal em direção à Páscoa”, concluiu dom Tomé.

 

TEXTO | FOTOS
André Botelho
Jornalista
Santuário São Judas Tadeu

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