Foi dado na manhã de terça-feira, 18 de janeiro, o primeiro passo de uma caminhada que resultará na constituição de um Secretariado de Pastoral para essa Igreja Particular. O coordenador do segmento, padre Luiz Caputo, partilhou o incentivo recebido do arcebispo de Ribeirão Preto e administrador apostólico de São José do Rio Preto, dom Moacir Silva. A meta, diante de tal realidade, é contar com pessoas dispostas a animar os trabalhos a partir dos pilares propostos pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019/2023). “Estamos vivendo um novo momento”, sintetizou o padre Caputo. “Temos um olhar de esperança para esse novo tempo. A Igreja tem que caminhar acompanhando esse momento. Se ela não caminha o mundo está caminhando e nós ficamos para trás”, completou o padre Patrick Marcio de Oliveira.
No contexto da ampliação do grupo, a irmã Rosangela Fontoura, que assumiu a Secretaria de Pastoral a partir desse ano, partilhou que as lideranças precisam ter a clareza de que os pilares não são “amarras” para o trabalho, mas que criam uma motivação que se entrelaça. “Eles (pilares) querem mostrar que nós somos a Igreja da Palavra, do Pão, da caridade e da ação missionária”, disse a religiosa. “Os pilares envolvem muitas coisas. São desafios para nós (agora) e para o futuro também. Devemos, de fato, partir dos pilares”, disse o padre Alessandro Lopes aderindo à proposta do Padre Caputo.
Entre os desafios para a ampliação desse grupo, estão o incentivo à participação de mulheres, a aproximação de um Diácono (em especial para colaborar com a dimensão da caridade) e a animação de grupos, pastorais e movimentos segundo as “particularidades” dos pilares.
Reestruturação
Se as Diretrizes oferecem os indicativos para o trabalho, a escuta das bases, em uma “prática sinodal”, garantirá a realização das ações. “É ouvindo que entenderemos a importância de formar uma única e só Igreja Diocesana”, partilhou o padre Patrick ao indicar a necessidade de superar a mentalidade de grupos, pastorais e movimentos fechados em si.
Segundo o padre Caputo, a meta é exatamente essa: estabelecer uma metodologia para as reuniões que privilegie a oração, a promoção, mas também a escuta (a partir das várias realidades). “Temos que oferecer sinais para que a dinâmica se efetive. Uma equipe organizada assim (a partir dos pilares propostos pelas Diretrizes) é importante, permitindo o diálogo que leve a uma Pastoral orgânica. É um esquema válido”, reiterou o padre Alessandro. “A Diocese é nossa. A Diocese somos nós”, completou o seminarista Pedro Henrique Sant’Ana.
Programação
Considerado o modelo proposto para o Secretariado de Pastoral, o padre Luiz Caputo reforçou a importância de uma remodelação do Conselho Diocesano de Pastoral e do incentivo ao diálogo que resulte em uma nova divisão das Regiões Pastorais. “Existem paroquias de uma mesma região muito distantes entre si. Isso dificulta a realização de uma formação ou reunião, por exemplo” , explicou o padre Caputo.
Na etapa final do primeiro encontro do Secretariado de Pastoral, ficou acertado que, ao longo do ano, serão realizadas duas reuniões com coordenadores de Região, duas com assessores e outras duas com coordenadores de pastorais. “É importante que sejam momentos fortes em espiritualidade, formação e diálogo; também para preparar a Diocese para a chegada de seu novo bispo”, concluiu o padre Caputo.
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André Botelho
Jornalista/ Comissão
Diocesana de Pastoral