Roraima

De 1º a 4 de março, uma comitiva, composta por 19 pessoas, coordenada pela Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) visitou o estado de Roraima, especialmente Boa Vista e Pacaraima, para conhecer de perto a realidade dos migrantes venezuelanos que em função da crise política e econômica pela qual passa seu país buscam apoio em território brasileiro.

A ação recebeu o nome de “Missão Fronteiras da Venezuela” e teve o objetivo de conhecer a situação que envolve a migração atual na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, em especial para verificar a ocorrência do tráfico humano e elaborar um documento de análise e proposição do que a Igreja pode oferecer, em termos de incidência, assistência e denúncia.

Resultados – O bispo de Boa Vista (RR), dom Mário Antônio da Silva  avaliou como profética a atuação da Comissão para a Ação Social Transformadora. “A Comissão viu, ouviu e sentiu e, a partir disto, fez os apelos às igrejas e à sociedade civil por mais atenção aos imigrantes venezuelanos”, disse. A visita, destaca o bispo, além de chamar a atenção das autoridades para a realidade, já está surtindo efeito com a chegada das doações das igrejas particulares do Brasil a partir de uma carta enviada aos bispos pela presidência da CNBB.

Segundo a Irmã Claudina Scpini, Secretária do Setor de Mobilidade Humana, a ação da Missão Fronteiras da Venezuela serviu para tirar a situação dos imigrantes da invisibilidade. O assessor da comissão Frei Olavo Dotto disse que a visita à Roraima fez com que a situação se tornasse uma questão assumida pela Igreja no Brasil. “A missão deu visibilidade internacional”, disse.

A carta elaborada pela Comissão para Ação Social Transformadora foi entregue ao papa Francisco pela diretora do Instituto Migrações Direitos Humanos (IMDH), Irmã Rosita Milesi, em nome da Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB, da qual faz parte. O documento foi escrito como ‘Carta aberta à sociedade brasileira’, ao final da missão . De acordo com relato da Comissão, os venezuelanos, no Brasil, precisam de tudo desde itens básicos de alimentação, higiene e saúde, até emprego e condições dignas de abrigo ou moradia.

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