Nesta terça-feira, 5, foi realizada a abertura oficial da causa de beatificação do Padre Pedro Arrupe Superior-Geral dos Jesuítas por mais de 30 anos. A questão sempre presente no seu coração foi a atenção aos últimos, criou o o JRS (Jesuit Refugees Service) ativo em várias partes do mundo
Cidade do Vaticano
Nesta terça-feira (05/02) foi realizada a sessão de abertura para o início do inquérito diocesano sobre a vida, as virtudes heróicas e a fama de santidade do Servo de Deus, Pedro Arrupe Gondra, jesuíta, Superior-Geral da Companhia de Jesus. A cerimônia foi realizada na Sala da Conciliação constituída para o Tribunal no Palácio Apostólico Lateranense. Contou com a presença do postulador padre Pascual Cebollada, jesuíta e o rito foi presidido pelo cardeal vigário Angelo De Donatis. Estiveram presentes o Delegado Episcopal Dom Slawomir Oder; o Promotor de Justiça Dom Giuseppe D’Alonzo; o notário Marcello Terramani e o notário adjunto Francesco Allegrini.
Missionário no Japão
Pe. Arrupe nasceu em Bilbao, na Espanha em 14 de novembro de 1907. Estudava Medicina em Madri, quando amadureceu a decisão de se tornar jesuíta. Entrou para o noviciado em 1927 e no final da formação foi enviado ao Japão como missionário. Tornou-se mestre dos novícios e estava em Hiroshima quando foi lançada a bomba atômica sobre a cidade, no dia 6 de agosto de 1945. Para ajudar a população transformou o noviciado em um hospital de campo, e graças à sua formação médica ajudou muitos feridos. Essa experiência marcou-o profundamente.
Dedicação aos últimos
Em 1965 foi eleito Superior Geral da Companhia de Jesus, acompanhando a ordem dos jesuítas rumo à grande transformação que representa o Concílio Vaticano II: o grande esforço de renovação que a Igreja enfrenta se reflete também na vida e nas obras dos jesuítas, que se perguntam o que o Senhor espera deles naquele momento de tantas mudanças.
A questão sempre presente no seu coração foi a atenção aos últimos: foi sob a sua direção que a Companhia reinterpreta a sua missão como serviço da fé e promoção da justiça. De maneira particular, Padre Arrupe dedica-se aos refugiados, pedindo para toda a Companhia que responda a esse desafio. Foi graças a ele que hoje o JRS (Jesuit Refugees Service) é ativo em muitas regiões do mundo, entre as quais a Itália através do Centro Astalli.
No verão de 1981 Padre Arrupe sofreu um enfarte que o deixou paralisado e mudo. Deixou seu encargo, e faleceu em 1991, vivendo todo este tempo da doença rezando pela Companhia que tinha guiado por mais de trinta anos.
Fonte: Vatican News