AGOSTO | Pelos líderes políticos
Rezemos para que os líderes políticos estejam ao serviço do seu povo, trabalhando pelo desenvolvimento humano integral e pelo bem comum, cuidando daqueles que perderam o emprego e dando prioridade aos mais pobres.
Papa Francisco – Agosto 2024
Atualmente a política não tem boa fama: corrupção, escândalos, está distante do dia a dia das pessoas.
Mas, podemos avançar em direção à fraternidade universal sem uma boa política? Não.
Como disse Paulo VI, a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum.
Falo da POLÍTICA com maiúsculas, não da politicagem. Falo da política que escuta a realidade, que está ao serviço dos pobres, não da que está escondida em grandes edifícios com longos corredores.
Falo da política que se preocupa com os desempregados e sabe muito bem como pode ser triste um domingo quando a segunda-feira é um dia a mais sem poder ir trabalhar.
Se a vemos assim, a política é muito mais nobre do que aparenta.
Agradeçamos aos muitos políticos que desempenham sua tarefa com vontade de servir, não de poder, todos seus esforços pelo bem comum.
Rezemos para que os líderes políticos estejam ao serviço de seu povo, trabalhando pelo desenvolvimento humano integral, trabalhando pelo bem comum, cuidando dos que perderam seu emprego e dando prioridade aos mais pobres.
Papa Francisco pede oração para que os políticos trabalhem “ao serviço de seu povo” dando “prioridade aos mais pobres”
- Na mensagem do vídeo que acompanha sua intenção de oração, o Papa afirma que ainda que a “política não tenha boa fama, é muito mais nobre do que aparenta”.
- No O Vídeo do Papa de agosto, o Papa Francisco convida a rezar pelos líderes políticos para que “trabalhem pelo bem comum”.
- O Papa também convida a agradecer “aos tantos políticos que desempenham sua tarefa com vontade de servir, não de poder”.
(Cidade do Vaticano, 30 de julho 2024) – A intenção de oração do Papa Francisco para agosto é pelos líderes políticos. Nesse sentido, O Vídeo do Papa deste mês acompanha o desejo de Francisco no qual pede aos políticos para que “estejam ao serviço de seu povo”.
Na mensagem de vídeo, preparado e divulgado pela Rede Mundial de Oração do Papa, Francisco admite que mesmo que “hoje a política não tenha boa fama, é muito mais nobre do que aparenta”. E acrescenta que somente será possível “avançar rumo à fraternidade universal” contando com “uma boa política”.
Um mundo sem política?
“Atualmente a política não tem boa fama: corrupção, escândalos, está distante do dia a dia das pessoas”. As primeiras palavras do Papa, no vídeo mensagem que introduz sua intenção de oração para este mês, parecem dizer o que pensamos muitos de nós: que a política é um negócio sujo nas mãos de quem só pensa em enriquecer-se ou alcançar o poder. Os que se dedicam à política, aos olhos das pessoas comuns, devem ser vistos com receio: certamente terão algum interesse pessoal que esconder.
No entanto, à medida que passam os segundos, no vídeo, fica claro que o Papa Francisco está dizendo outra coisa. Está nos lembrando que sempre é possível outro tipo de política: uma “POLÍTICA com maiúsculas“, como ele a chama, ao serviço das pessoas e, em particular, dos mais pobres. Todos necessitamos “boa política”, reforça o Papa, se queremos “avançar rumo à fraternidade universal”: a tentação de prescindir dela, evocada tantas vezes por populismos de todo tipo, é um grande engano.
As imagens que acompanham suas palavras querem contar exatamente isto, alternando situações de vida em dois contextos diversos: um, no qual as pessoas sobrevivem por própria conta (uma mulher refugiada, um adulto desempregado, crianças sem água, uma pessoa em situação de rua), e outro em que, ao contrário, encontraram uma resposta – às vezes de modo emergencial, às vezes permanente – aos seus problemas. O mundo sem boa política e o mundo com boa política, de fato.
Um serviço de caridade para o povo
A política pode ser um desafio para o caráter moral dos que dela participam. No entanto, também pode ser uma vocação digna de santidade e virtude. Nesse sentido, no início do vídeo, o Papa retoma as palavras do Papa Paulo VI, que definiu a política como “uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comun”.
Trata-se de um sentido social que supera os individualismos em favor de um todo maior: o povo. É por isso que os cristãos, especialmente os leigos, são chamados a participar da vida política, para poder construir uma sociedade mais justa e solidária. “Um indivíduo pode ajudar a uma pessoa necessitada, porém quando se une a outros para gerar processos sociais de fraternidade e de justiça para todos, entra no campo da mais ampla caridade, a caridade política”, reflete o Papa Francisco sobre este tema na encíclica Fratelli Tutti (2020).
A servicio dos pobres
O Papa Francisco afirma que a boa política não “está fechada em grandes edifícios com grandes corredores”, mas é a que “escuta a realidade, está ao serviço dos pobres e se preocupa com os desempregados”.
Quando um político não deixa espaço para o diálogo, a cooperação e o compromisso com a dignidade das pessoas – chaves que o Papa destaca em Fratelli Tutti –, não se alcança o desenvolvimento integral da sociedade. Problemas como a fome e a pobreza, as guerras ou as crises ambientais, para citar citar alguns, vão sendo agravados por uma liderança política egoísta e ávida de poder.
O desafios da política
O Padre Frédéric Fornos SJ, Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, reflete: “Rezar pelos líderes políticos? Os líderes políticos são o que nós fazemos deles. Ao invés de alimentar constantemente seu descrédito com nossas palavras e pensamentos, vamos ajudá-los a ser os homens e mulheres que desejamos. Rezemos por eles, como nos convida o Papa Francisco. É necessário muita coragem para estar onde estão e para buscar viver de maneira íntegra! Doam-se totalmente: seu tempo, sua vida familiar, suas capacidades, sua força física, sua reputação. Muito facilmente pensamos: “é a cobiça, o poder, o dinheiro, seu ego”. E muitas vezes é isso mesmo. Mas não podemos esquecer também que há tantos ao serviço do bem comum. E nós? O que fazemos? O que faríamos em seu lugar? Pelo menos podemos rezar por eles.