RCC tem nova Coordenação

Recentemente eleita para coordenar a Renovação Carismática Católica (RCC) na diocese de São José do Rio Preto, Renata Correa concedeu entrevista ao Jornal Diocese Hoje e comentou sobre os desafios da nova gestão.

JDH – No ano do leigo, o que significa para a senhora ser a Coordenadora Diocesana da RCC?
Renata Correa – Em um ano em que a Igreja celebra a presença dos cristãos leigos como sujeitos de transformação a serviço do Reino e, sendo nós chamados a ser sal da terra e luz do mundo, é uma alegria, como também uma grande responsabilidade ser Coordenadora Diocesana da Renovação Carismática Católica. Alegria por poder contribuir com a missão evangelizadora da Igreja através do nosso Movimento – RCC – e responsabilidade porque temos, enquanto leigos, a vocação e missão de anunciar o Evangelho como fonte de esperança em uma sociedade cheia de violência, individualismo, pobreza e miséria em todas as suas facetas. Mas na certeza de que os ramos são chamados a dar frutos e que o Espírito Santo é nossa força e direção, quero ser instrumento do Senhor neste tempo em que Ele me chama a adentrar águas mais profundas.

JDH – Quais desafios a senhora vê para a RCC na diocese nos próximos dois anos?
Renata Correa – Hoje somos desafiados a continuar a missão evangelizadora em uma sociedade cada vez mais descrente. E para isto precisamos continuar e aprofundar nosso processo formativo, pois o Senhor nos diz: “Meu povo se perde por falta de conhecimento (Os 4, 6a). Também precisamos buscar sempre expandir e fortalecer nossos grupos de oração, que são a célula fundamental da RCC.

JDH – Como a RCC pode contribuir para a construção de uma Igreja em saída, missionária?
Renata Correa – A RCC teve, desde seu início, atitudes de ousadia, pois surgiu como fruto de um retiro espiritual feito por um grupo de estudantes e professores na Universidade de Duquesne, nos Estados Unidos. Após este dia, se alastrou rapidamente por todo o mundo, despertando corações missionários. Assim, buscamos ainda nos dias de hoje, viver a Igreja em saída, atualizando o Pentecostes onde quer que o Senhor nos envia, realizando atividades evangelizadoras em diferentes espaços e para todas as faixas etárias. Somos organizados em ministérios, serviços e, destaco as realizadas pelo Ministério de Promoção Humana, com a evangelização nas ruas, onde tem como foco as pessoas em situação de rua. Também são atendidas com alimentos e produtos arrecadados nos grupos de oração e eventos da RCC, famílias em situação de pobreza. Temos também o Ministério Universidades Renovadas, que, atualizando como tudo começou, conta hoje com 9 grupos de oração que acontecem dentro das faculdades. Temos também em nossos grupos de oração, pessoas que visitam famílias para oração e partilha da Palavra, plantão de oração e a evangelização direcionada a crianças e adolescentes. Para 2018, a temática que acompanhará as missões da RCC será “Eis que estou à porta e bato (Ap 3, 20a), nos chamando a levar Jesus, deixando de lado a acomodação e chamando o povo de Deus para uma conversão sincera. E pedimos ao Espírito Santo que continue a nos inspirar e auxiliar para proclamar a Boa Nova. (sic)

JDH – E para a evangelização da juventude?
Renata Correa – A RCC nasceu no meio de jovens e esta presença ainda é marcante no Movimento. Mas a evangelização da juventude é sempre um desafio, pois precisa ser dinâmica, realizada na linguagem dela. Precisamos levar os jovens a exercerem o protagonismo dentro do Movimento. Assim, a RCC com suas características é um importante instrumento de evangelização juvenil.

JDH – Os últimos coordenadores da RCC foram homens. Como mulher, qual será o seu diferencial na coordenação da RCC?
Renata Correa – A história da RCC Diocesana é permeada pela participação das mulheres. A primeira Coordenadora Diocesana foi Irmã Maria da Glória. E durante todos estes anos ainda tivemos Rima, Célia Nogueira e Sandra Fiorotto à frente do Movimento. Sou a quinta mulher a coordenar a RCC Diocesana. E hoje somos muitas que estamos à frente das atividades da RCC. Sou uma delas. Vejo como indispensável a contribuição da mulher na Igreja e na sociedade considerando principalmente a sensibilidade que nos é peculiar e espero que a exemplo de Maria, com suas atitudes de escuta, acolhimento, humildade, eu possa, pela ação do Espírito Santo, conduzir a RCC neste tempo, segundo a vontade do Senhor. Afinal, as coordenações se renovam periodicamente assim como a vida do Movimento também vai se renovando e nos cabe escutar a Deus e executar o que Ele diz. Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!

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