Confissões

Confissão: celebração do amor que perdoa

O perdão é a máxima expressão da bondade, da misericórdia, enfim, do amor de Deus por nós, “o amor apaixonado de Deus por seu povo, pelo homem, é um amor que perdoa”.

Em nós, o perdão é a atitude que mais nos aproxima de Deus, que nos torna filhos e filhas parecidos com o Pai. Por isso, a confissão, celebração do amor que perdoa, deve ser uma celebração de alegria, com sabor pascal, que expressa a ação do Espírito de Jesus ressuscitado. A graça de Deus, uma vez perdida por causa do pecado, é reconquistada pelo arrependimento.

No plano psicológico, a confissão ajuda-nos a repartir a angústia, o remorso do pecado que nos atormenta, e descobrir novos caminhos de libertação e felicidade.

Tudo o que fazemos de bom ou ruim, por mais oculto que seja, tem repercussão comunitária e social. Por isso, no início da Igreja, a confissão tinha uma dimensão essencialmente comunitária. Só no fim do século IV começou a prática da confissão individual.

Toda confissão deve ser preparada por um dedicado exame de consciência, feito no silêncio, na tranqüilidade, no recolhimento que favoreça a reflexão e a análise de si mesmo.

Ele deve ser o confronto de nossos atos e atitudes com algumas balizas da nossa fé e de nosso seguimento de Jesus Cristo, como as bem-aventuranças ou alguma outra página dos Evangelhos, os mandamentos da lei de Deus, os mandamentos da Igreja etc. Em seguida, é bom assumir uma atitude humilde de reconhecimento e aceitação das próprias faltas, evitando justificações e desculpas. Por fim, vale a pena enumerar os pecados cometidos, para só então procurar o sacerdote para celebrar a reconciliação.

São condições indispensáveis para se realizar uma boa e frutuosa confissão:
1. Exame da própria consciência.
2. Arrependimento real dos pecados cometidos.
3. Propósito sincero de conversão, de mudança de vida, de abandono do pecado.
4. Confissão dos próprios pecados ao sacerdote que, nesse ato, age na pessoa de Cristo e representa a Igreja, que perdoa. O padre dá uma penitência como demonstração de alegria pelo perdão, e disposição para uma vida nova.
5. Absolvição, perdão dos pecados.

Hoje, a Igreja oferece Confissão e absolvição individuais.

É a forma ordinária do sacramento. Começa com uma saudação inicial, como toda celebração cristã, invocando a Trindade, comunidade de amor que perdoa, e a informação ao padre de quando foi sua última confissão, ou seja, há quanto tempo você não se confessa, pois ainda permanece o mandamento da Igreja de confessar-se ao menos uma vez ao ano.

Segue-se a acusação. É o momento em que você vai dizer ao padre, que ali age na pessoa de Cristo, os pecados que você cometeu desde a última confissão. Para esse momento, é fundamental ter feito sério exame de consciência.

O padre, se achar necessário, vai aconselhar você a respeito de como crescer na vida cristã e vencer determinado pecado. Em seguida, ele vai lhe propor um exercício que demonstre sua gratidão pelo perdão e sua disposição para uma vida nova. É a penitência.

A seguir, você rezará o ato de contrição. É uma oração aprendida ou espontânea, que dirá a Deus três coisas: o seu arrependimento pelos pecados recebidos, a sua disposição de não cair de novo no pecado e, para isso, o seu desejo de contar com a graça de Deus, a qual a confissão lhe restitui.

O passo seguinte é a absolvição. Impondo as mãos, o padre rezará a fórmula: “Deus, Pai de misericórdia, que pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou consigo o mundo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo mistério da Igreja, o perdão e a paz. Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santos. Amém.”

Está terminada a confissão. É hora de agradecer a Deus pelo seu perdão e misericórdia manifestados nesse sacramento.

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