Muitas vezes achamos que a preguiça é algo inofensivo e até engraçado.
Entretanto a preguiça é um grande mal e é até considerada um pecado capital.
Mas por que?
Começamos definindo preguiça que consiste em uma espécie de resistência ao esforço e ao sacrifício. Portanto, o preguiçoso não tem um ideal de perfeição, mas sim da facilidade. O preguiçoso fica contente em “despachar” as tarefas e responsabilidades, sem se importar em deixa-las acabadas.
Com objetivo de se poupar egoisticamente, o preguiçoso acaba ficando um especialista na arte de contornar os deveres, ou “dar um jeito”.
Onde está o maior mal da preguiça? Está além da fuga da perfeição, na desistência do amor. O homem preguiçoso acaba não sendo o que Deus quer que ele seja e nesta dolorosa renúncia, se destrói.
Desistir dos ideais é desistir de sermos nós mesmos. Porque cada um de nós só pode realizar-se de verdade na medida em que luta por ajustar-se àquilo que Deus lhe propõe como meta na vida. Por isso que a preguiça é considerada um pecado capital.
Fugir deste plano de Deus, que é a sua Vontade e o nosso ideal, é a mais radical das frustrações. Na vida, o que nos desencanta, não são nossas pequenas ambições insatisfeitas, como no plano do sucesso e do dinheiro por exemplo, mas os ideais abandonados.
Deus ofereceu-nos uma oportunidade, e nós a recusamos. Quantas vezes Eu quis (dizia Cristo com lágrimas, contemplando Jerusalém) e tu não quiseste (Mc 23,27).
Qual a arma contra a preguiça?
A arma contra a preguiça é a diligência, que é uma palavra que vem do verbo latino diligere, que significa amar ou aquele que ama. Portanto a preguiça pode até ser considerada como o contrário do amor!!!
Em confronto com a preguiça, a diligência consiste no carinho, alegria e prontidão com que pensamos no bem e nos prontificamos em realiza-lo da melhor maneira possível.
Em resumo a preguiça acaba nos afastando de Deus.
Vidas preguiçosas são vidas egocêntricas e vazias e vidas diligentes são vidas que se realizam pessoalmente e em Deus.
Referência: livro “A preguiça” de Francisco Faus.