O Conselho Permanente da CNBB, reunido em Brasília, de 20 a 22 de novembro, discute uma ampla pauta de assuntos. Neste Conselho estão presentes os bispos que compõem a Presidência e os membros do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), além dos presidentes dos 18 regionais da Conferência. Na primeira parte da manhã desta terça-feira, teve início o encaminhamento dos assuntos que serão discutidos na próxima assembleia geral da entidade que também será eletiva.
Tema Central
As novas Diretrizes Gerais para Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2019-2022 será o tema central da assembleia. Durante a discussão realizada no plenário do auditório da sede provisória, nesta terça-feira, foi lembrado que essas novas Diretrizes devem ser definidas antes do processo eleitoral. Além disso, por parte de vários membros do Conselho e com a concordância da maioria falou-se da importância de que uma profunda reflexão e avaliação sobre o momento que a Igreja vive no Brasil também pode contribuir para uma melhor discussão das Diretrizes como na escolha dos bispos que devem animar a Conferência no próximo quadriênio.
As Diretrizes Gerais que são renovadas com regularidade pelos bispos no início de cada mandato tem um processo longo de preparação percorrido por uma comissão especial. Para 2019, o trabalho com as Diretrizes tem sido coordenado pelo arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário. Ele e a equipe tomaram como ponto de partida as contribuições oferecidas pelo conjunto do episcopado na 56ª Assembleia Geral, realizada em maio deste ano, em Aparecida (SP) e com os rumos definidos pela última reunião do Conselho Permanente, realizada, em Brasília, de 19 a 21 de junho.
Preparação
Dom José Belisário apresentou aos membros do Conselho Permanente o processo e os resultados do trabalho da comissão. Ele lembrou que a equipe está sistematizando uma versão do texto que deverá ser enviada às Igrejas particulares e organismos até dezembro deste ano. Após esta fase, a equipe enviará em fevereiro de 2019 um texto mais consolidado aos bispos. Estes, informou, poderão em suas dioceses estudá-lo individualmente e em equipes, para que sejam levantadas novas propostas de modificação que deverão ser enviadas para a equipe de redação até o final de janeiro.
A equipe então se reúne mais uma vez para discutir cada uma das propostas, segundo dom Belisário. Em seguida o texto é novamente enviado aos bispos que até o início da 57ª Assembleia Geral da CNBB poderão apresentar novas emendas. E então o texto segue a discussão padrão definido no regimento da Conferência para os temas centrais dentro da Assembleia com apresentação geral, trabalho de grupos, discussão e aprovação de emendas ao texto final. Os bispos que integram o Conselho Permanente puderam ainda acrescentar elementos que sentiram falta na proposta.
Fonte: CNBB