Mundo urbano

Igreja no mundo urbano

Regionais da CNBB já começam a refletir sobre realidade do mundo urbano

 

19/12/2018 – Evangelização

Na próxima Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), marcada para o mês de maio de 2019, em Aparecida (SP), serão aprovadas as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019-2023. O foco do texto em preparação para este momento é a atuação da Igreja no mundo urbano. Esta reflexão, já está presente em vários ambientes eclesiais, como o regional Leste 2 da CNBB, que compreende os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

A temática foi trabalhada neste ano desde o 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e, no regional Leste 2, foi aprofundado em assembleia, com o tema “Uma Igreja em saída frente aos desafios e esperanças do mundo urbano”. De acordo com o arcebispo de Uberaba (MG) e presidente do regional, dom Paulo Mendes Peixoto, as reflexões sobre a temática buscaram encontrar caminhos de como “atingir com a nossa pastoral”.

“Cada vez que passa o tempo, o mundo urbano se torna mais complicado. No fundo, é aquela palavra de São Paulo que, em Atenas, ele encontrou na cidade um grande areópago, cheio de tanta confusão, tanta adversidade, por outro lado também, muita riqueza”, observa.

Na mensagem final da assembleia do regional Leste 2, realizada em novembro, os participantes reconheceram o desafio de olhar as cidades contemporâneas: “Elas são diversas, complexas, com arranjos variados. Estima-se que 88% da população brasileira vivem nas cidades, imersas na profunda ambivalência entre centro e periferia, e marcadas pela elitização das áreas centrais e periferização da pobreza. Isto significa que a geografia de nossas cidades não esconde agudas divisões entre pobres e ricos”.

Em um contexto constituído pela diversidade de expressões, pela fragilidade dos laços sociais, pela grande mobilidade humana, “tudo isto contagiado pelas redes sociais”, o chamado aos cristãos é a lançar um “olhar de esperança, como lugar de missão, como horizonte pastoral, agindo criativamente na força do Espírito de Jesus, que nos interpela a anunciar o Reino principalmente em situações de injustiça”.

Dom Paulo Mendes Peixoto recorda a intenção de entender a cultura líquida, citando Zygmunt Bauman, com a perda de valores, de referências, em um mundo do individualismo e de fechamento intrapessoal: “no fundo a gente chega à conclusão de que a pastoral só vai atingir um objetivo claro se ela for bastante personalizada”. Para o arcebispo, “talvez seja essa uma característica para a gente entender a pastoral hoje, para conseguir atingir realmente o homem do mundo urbano, principalmente o homem da cidade”.

Clique e confira as reflexões do regional Leste 2.

Fonte: CNBB

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