Mais um fim de semana de almoço oferecido pela Pastoral do Povo em Situação de Rua aos irmãos e irmãs em situação de extrema vulnerabilidade. Mais uma oportunidade de experimentar a Presença Real de Cristo na pessoa dos pobres.
Sabemos que infelizmente a fome é uma chaga que atinge milhões pelo mundo inteiro, por isso é dever da sociedade e das autoridades politicas criarem mecanismos e projetos de superação desse gravíssimo problema. O discipulo e discipula de Jesus não pode ficar indiferente a essa situação. Nesse sentido, vamos refletir o que o papa São Paulo VI nos ensina na sua Enciclica:
“Se um irmão ou uma irmã estiverem nus, diz são Tiago, e precisarem do alimento cotidiano e algum de vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos, sem lhes dar o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?”. Hoje ninguém pode ignorar que, em continentes inteiros, são inumeráveis os homens e as mulheres torturados pela fome, inumeráveis as crianças subalimentadas, a ponto de morrer uma grande parte delas em tenra idade e o crescimento físico e o desenvolvimento mental de muitas outras correrem perigo. E todos sabem que regiões inteiras estão, por este mesmo fato condenadas ao mais triste desânimo. […] O combate contra a miséria, embora urgente e necessário, não é suficiente. Trata-se de construir um mundo em que todos os homens, sem exceção de raça, religião ou nacionalidade, possam viver uma vida plenamente humana, livre de servidões que lhe vêm dos homens e de uma natureza mal domada; um mundo em que a liberdade não seja uma palavra vã e em que o pobre Lázaro possa sentar-se à mesa do rico. Isto exige, da parte deste último, grande generosidade, muitos sacrifícios e esforço contínuo. Compete a cada um examinar a própria consciência, que agora fala com voz nova para a nossa época. Estará o rico pronto a dar do seu dinheiro, para sustentar as obras e missões organizadas em favor dos mais pobres? Estará disposto a pagar mais impostos, para que os poderes públicos intensifiquem os esforços pelo desenvolvimento? A comprar mais caro os produtos importados, para remunerar com maior justiça o produtor? E, se é jovem, a deixar a pátria, sendo necessário, para ir levar ajuda ao crescimento das nações novas?” São Paulo VI na Enciclica “Populorum Progressio”
Contribuição: Dener Ricardo Venturinelli