Em 2021, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) organizou várias iniciativas que promoveram a participação de todo o povo de Deus na animação de eventos eclesias, tais como a Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe; o Sínodo dos Bispos de 2023 e o Ano de São José.
A primeira Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe aconteceu de 21 a 28 de novembro de 2021 e foi inspirada pelo lema “Somos todos discípulos missionários em saída”. Cerca de 100 pessoas, entre coordenação e convidados, participaram presencialmente no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, e outros mil de forma remota em outros lugares da América Latina e do Caribe.
O Brasil participou com uma delegação de 314 convidados, com as vagas distribuídas conforme as vinculações eclesiais, sendo 64 bispos distribuídos proporcionalmente ao número de dioceses dos 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), 63 vagas para padres e diáconos, 63 vagas para religiosos e institutos seculares distribuídas segundo os diferentes carismas, 94 indicações para leigos cujas vagas foram distribuídas pela Comissão para o Laicato da CNBB observando as referências nos organismos ligados ao laicato como Conselho Nacional dos Leigos do Brasil (CNLB), CEBs, e também nas Pastorais, como a Familiar e a Juvenil.
Foram incluídas ainda 31 vagas que foram contempladas por pessoas que integram grupos excluídos, entre os quais participaram cinco indígenas brasileiros. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, não entrou na lista dos 314 convidados, uma vez que esteve como “membro nato” da assembleia, por conta da função na Conferência Episcopal. Presencialmente, no México, participaram o arcebispo de São Paulo e delegado da CNBB junto ao Celam, o cardeal Odilo Pedro Scherer, e a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Maria Inês Ribeiro.
De acordo com dom Odilo, a primeira Assembleia Eclesial respondeu a um chamado do Papa Francisco. “O Santo Padre pediu ao Celam que fizesse um evento eclesial, envolvendo toda a América Latina e o Caribe, não apenas de bispos mas com os diversos membros da Igreja, para voltar-se à V Conferência de Aparecida, realizada em 2007, e responder às perguntas: que frutos a Conferência de Aparecida produziu nestes 14 anos? E quais são as questões que ainda não foram trabalhadas no continente após Aparecida e que precisariam ser retomadas?”, disse.
Um outro desafio colocado pelo Papa, segundo o cardeal, foi para que a Assembleia Eclesial levantasse as novas questões surgidas depois da Conferência de Aparecida. Dom Odilo informou que na programação estiveram previstas pequenas falas, alocuções, reflexões e vários tipos de análises do processo de escuta realizado e que estão sintetizados no Documento para o Discernimento Comunitário, testemunhos que serão apresentados de várias partes da América Latina e Caribe e também momentos celebrativos e de oração.
“Essa Assembleia foi um momento eclesial bonito dentro da perspectiva da sinodalidade que o Papa Francisco está pedindo para a Igreja assimilar”, aponta.
O arcebispo destacou ainda que tratou-se de um evento eclesial preparado carinhosamente, com muita fé e que foi animado e conduzido pelo Espírito Santo para produzir bons frutos. “Esses eventos eclesiais produzem sempre frutos importantes mas a gente não os percebe logo, vamos percebê-los um pouco mais adiante com o passar dos anos”, reflete.
O cardeal destacou, ainda, que o Assembleia começou antes que o Papa Francisco convocasse o Sínodo de 2023 e que a preparação desta soma-se à caminhada rumo ao Sínodo convocado pelo Santo Padre.
“O Espírito Santo suscita iniciativas e como o Papa gosta de pedir suscita processos. Nós não fazemos apenas um evento isolado mas um processo que continua e suscita outros eventos, que suscita um caminhar da Igreja. Isto é fazer Sínodo, um caminhar juntos no sentido da vida e da fé da Igreja”, disse.
Reveja (AQUI) a mensagem final do encontro.
Sínodo 2023
A Igreja no Brasil se prepara para a 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será realizada em 2023, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. O Sínodo é um processo de dois anos, dividido em fases distintas, começando em outubro de 2021 e culminando a “fase da Igreja universal” na tradicional assembleia do Sínodo dos Bispos no Vaticano, em outubro de 2023.
Nos dias 9 e 10 de outubro, em Roma, o Papa Francisco abriu, a primeira fase do processo de escuta do povo de Deus nas dioceses do mundo inteiro. Em comunhão com toda a Igreja, as dioceses do Brasil iniciaram a fase local do Sínodo.
A primeira fase, a ser vivida nas Igrejas particulares, vai de outubro de 2021 a agosto de 2022. Após esta fase, as dioceses terão que enviar as contribuições das Igrejas locais à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), responsável por fazer a sistematização brasileira a ser enviada para etapa continental. A segunda fase – a Continental -, está prevista de setembro de 2022 a outubro de 2023, e a terceira, fase da Igreja Universal, em outubro de 2023.
Mergulhadas na fase diocesana do Sínodo 2023 prevista para acontecer até agosto de 2022, cada Igreja Particular no Brasil vai encontrando a melhor forma de realizar a escuta do Povo de Deus que vive em sua circunscrição. A 16ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, convocada pelo Papa Francisco, será realizada em 2023.
O Papa tem afirmado que o “caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio”. Embora o encontro de conclusão do Sínodo esteja previsto apenas para 2023, as dinâmicas do sínodo já começaram nas dioceses de todo o mundo, desde o dia 17 de outubro. O Povo de Deus, em todo o planeta, está convocado a participar, indicando quais caminhos a Igreja deve seguir para viver um renovado ardor missionário, atualizando sempre mais as suas estruturas, funcionamentos e ações. Esse caminho sinodal de três anos é articulado em três fases (diocesana, continental, universal), feito de consultas e discernimento, que culminará com a assembleia de outubro de 2023, em Roma.
Confira algumas das ações realizadas pelas dioceses brasileiras:
Hotsite – Está disponível no hotsite do Sínodo 2021-2023, no Portal da CNBB, um vídeo sobre “o que é um Sínodo”. A animação preparada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) explica do que se trata esse tipo de evento realizado na Igreja Católica e apresenta temas e datas da XVI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, cujo caminho foi iniciado no último mês de outubro.
Confira o vídeo no hotsite.
Ano de São José
O Papa Francisco, conforme documento da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos emitido em 1º de maio de 2013 – decretou que de 8 de dezembro a 8 de dezembro de 2021 era o Ano de São José. Além das indulgências deste tempo santo, convidou a todos a conhecer mais e melhor a São José.
Dioceses e regionais na Igreja no Brasil realizaram retiros e cursos para aprofundar o chamado do Papa Francisco à vivência do Ano de São José, em comemoração aos 150 anos da proclamação de São José como Patrono da Igreja, pelo Papa Pio IX. Confira algumas das iniciativas (AQUI).
Novena de São José – A editora Edições CNBB apresentou a “Novena de São José, Padroeiro Universal da Igreja”. O subsídio, em forma orante, convida as famílias e as pequenas comunidades a olharem para José e com ele contemplarem o mistério de Deus em Maria e no Verbo encarnado.
O material foi uma forma de celebrar o Ano de São José convocado pelo Papa Francisco com a Carta Apostólica Patris Corde – Com coração de Pai.
Material retirado do site: https://www.cnbb.org.br/cnbb-promoveu-animacao-de-iniciativas-eclesiais/ / Leia a matéria original