“Vocês são privilegiados por levar Nossa Senhora às casas”. As palavras do bispo de São José do Rio Preto, Dom Antonio Emidio Vilar, sdb, que encontraram o coração das zeladoras do Movimento Apostólico de Schoenstatt, não poderiam ter sido proferidas em ocasião mais especial: no dia mundial dedicado às Missões, 23 de outubro, o religioso afirmou que “a nossa Diocese está apostando nas Comunidades Eclesiais Missionárias. Cada ‘Capelinha’ é uma Comunidade Eclesial Missionária que se multiplica em 30 (famílias) em um mês. É um encontro de pessoas que creem e esperam em Deus”.
Sob a coordenação de Nanci Aparecida da Silva e a assessoria do padre Alexandre Marques de Andrade, lideranças do Movimento, vindas de diversas cidades da Região, se reuniram na Catedral de São José para a Missa anual do grupo. Na ocasião, Dom Vilar partilhou já ter estado em Schoenstatt, na Alemanha, onde o padre José Kentenich deu início ao apostolado mariano. “A Mãe Rainha, em cada ‘capelinha’, tem um discípulo ou discípula”, sublinhou o bispo diocesano.
Testemunho
Ainda em sua reflexão, o religioso recordou que “aqueles que se sentem abandonado por todos, tem Deus a seu favor”. Segundo o epíscopo, “por pior que alguém seja, Deus é pai de todos e Maria é a Mãe de todos. Nas tribulações que vivemos, nos altos e baixos, sempre podemos contar com Maria”, concluiu.
História
Em 1919, o grande número de leigos vinculados a Schoenstatt, leva à fundação da União Apostólica de Schoenstatt. A década de 1920 foi marcada pela entrada das mulheres: a fundação da União Apostólica Feminina, em 1920, e o Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, em 1926.
O sacrifício de vida dos primeiros schoenstattianos fez jorrar abundantes graças e rapidamente surgiram outros ramos no Movimento. Na década de 1930, surge a Juventude Feminina e a Obra se expande para outros continentes: as Irmãs de Maria são enviadas como missionárias para a África e a América do Sul.
Schoenstatt foi duramente provado durante a II Guerra Mundial. Em 1941, o fundador, Pe. José Kentenich, é preso pelos nazistas e levado ao Campo de Concentração de Dachau. Mais uma vez, Maria aceita a entrega de seus instrumentos e, no campo, Pe. Kentenich funda o Instituto Secular dos Irmãos de Maria e a Obra das Famílias; empenha-se também pelo crescimento da expansão Internacional do Movimento de Schoenstatt. Nesse período surge o primeiro Santuário Filial de Schoenstatt, construído em Nueva Helvecia, no Uruguai, réplica do primeiro Santuário em Schoenstatt – Santuário Original.
A Divina Providência também fortalece a Obra pela comprovação realizada pela Igreja, que teve seu ponto auge nos 14 anos – 1951 a 1965 – de exílio do Fundador Pe. José Kentenich. A atuação admirável da Mãe de Deus e o testemunho do amor e fidelidade à Igreja pelo Fundador e toda a Família Schoenstattiana, foram recompensados pela reabilitação do Pe. José Kentenich e a aprovação da Obra, pelas autoridades eclesiásticas.
A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt surge em 10 de setembro de 1950 e acelera a expansão do Movimento em todo o mundo e aprofunda a sua inserção nas paróquias e dioceses do Brasil. (Fonte: schoenstatt.org.br)
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André Botelho
Jornalista / Assessoria de Imprensa
Diocese de São José do Rio Preto