São José do Rio Preto, Catanduva e Votuporanga, há 25 anos, formavam uma só Diocese. Nesse vasto território, disposto no Noroeste Paulista, muitos ouviram o chamado do Senhor. Três, em especial nesse mês de dezembro, estão festejando o Jubileu de Prata de quando foram ordenados para trabalhar nessa grande messe. São eles os padres Edvaldo Rosário Calazans, Jair de Marchi e Osvaldo Donizete da Silva (Pe. Barrinha).
Na segunda-feira, 19 de dezembro, na Paróquia São Vicente de Paulo, o arcebispo de Uberaba, Dom Paulo Mendes Peixoto, o bispo local, Dom Antonio Emidio Vilar, sdb, presbíteros, diáconos, religiosos, seminaristas e lideranças se reuniram para render graças a Deus pela vocação colocada a serviço. “Que bonito celebrarmos renovando o nosso sim no presbiterado e no pastoreio”, externou Dom Vilar.
Partilha
O bispo de São José do Rio Preto, à luz da Palavra, igualmente considerou a figura de José e a disponibilidade de Maria. “O Espírito Santo faz uma obra maravilhosa na condição da fragilidade humana”, disse o epíscopo. “Somos nós os mensageiros, escolhidos por Deus, também na nossa condição de fragilidade”, completou o religioso.
Ainda em sua reflexão, Dom Vilar propôs uma “entrevista” com o Pe. Calazans; um verdadeiro testemunho da vocação amadurecida na cidade de Votuporanga. Filho de Maria Rita e José, o “entrevistado” destacou ser o caçula de 7 irmãos. Seu pai, sem ceder às limitações do estágio inicial de uma paralisia infantil, cuidava dos filhos mais novos (e ainda encontrava tempo para a música e para fazer valer o apelido de “Zé do Pandeiro”).
Considerando as visitas dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística que frequentavam a residência, Calazans foi se preparando, alcançando os Sacramentos e vendo nascer o desejo de doar-se ainda mais pela Igreja. “Era um verdadeiro encantamento pelas coisas que eu ia descobrindo”, disse. A partir daí, em dezembro de 1990, o vocacionado se aproximou do Pe. Silvio Roberto dos Santos e dele recebeu a bênção para o ingresso no Seminário; o que aconteceu em março do ano seguinte. “Eu chorei muito, mas logo percebi que era para um bem maior para a nossa Igreja. Ele me ajudava muito”, partilhou a senhora Josefa Rodrigues Guerreiro. Conhecida carinhosamente como “Fina”, a líder acompanhou os primeiros passos do então seminarista Edvaldo (e com ele, na segunda-feira, 19 de dezembro, celebrou o Jubileu de Prata Presbiteral). “Hoje, ao olhar para trás e ver essas cenas, eu fico mais sereno. Quando olho para pontos isolados, bate o desespero”, confidenciou o padre (ao mencionar episódios de sua vida presbiteral).
Vocação
“Uma semana de graça, de bênção e de emoção. Agradeço. Sei que rezam por mim”, partilhou o Pe. Jair ao ver sublinhados momentos de sua caminhada. Destacando a “alegria de perseverar”, o “Pe. Barrinha” dedicou todos os méritos de suas conquistas a Jesus Cristo. “Celebrar a Eucaristia significa tudo. Não mais com a mesma saúde, mas com grande entusiasmo”, disse.
Agradecendo a presença dos colegas padres, o Vigário Geral da Diocese de São José do Rio Preto sublinhou o desejo de permanência e o sentimento de pertença a essa Igreja Particular. Externando gratidão pela oportunidade de ter trabalhado com Dom Paulo Mendes Peixoto e, agora, com Dom Vilar, o padre Calazans reconheceu o valor da “ressignificação” das relações que ambos lhe proporcionam. “É mais fácil acreditar que Deus existe que acreditar que Ele acredita em mim”, disse o homenageado.
Pastoreio
Muitos foram os gestos de gratidão oferecidos pelos fiéis da Paróquia São Vicente de Paulo. Ainda no final de semana, dias 17 e 18 de dezembro, as lideranças participaram da Celebração Eucarística e de momento de confraternização realizado no sábado e no domingo em atenção aos trabalhadores que, na segunda pela manhã, ficariam impossibilitados de acompanhar a Santa Missa. Com pesquisa da Irmã Rosangela Fontoura, que atua na Comunidade, um vídeo ilustrou momentos da caminhada do Pe. Calazans. “Ele é muito querido aqui”, disse a religiosa (algo que pode ser comprovado nos álbuns digitais de fotos disponíveis na sequência).
Sublinhando que “a vida sacerdotal é graça”, Dom Paulo Mendes Peixoto recordou que “a fragilidade nas mãos de Deus produz vida”. Em sintonia com o Ano Vocacional, o arcebispo de Uberaba lembrou que, mesmo na fraqueza, é possível fazer muitas coisas. “O nosso Ministério tem que estar a serviço do Mistério”, recomendou.
Considerados os 25 anos de caminhada presbiteral, o Pe. Calazans agradeceu tantas e tão ternas demonstrações de amizade com “abraços de fraternura”. E completou: “Maravilhas fez conosco o Senhor. Alegremo-nos e Nele exultemos”.
FOTOS
Paróquia São Vicente de Paulo
André Botelho
ÁLBUM > Paróquia São Vicente de Paulo
(Clique sobre as pastas e veja as imagens da homenagem feita pelos paroquianos)
TEXTO
André Botelho
Jornalista / Assessoria de Imprensa
Diocese de São José do Rio Preto