Diocese de São José do Rio Preto, “Igreja de Cristo, em Missão no Mundo”
O Mês Missionário Extraordinário já é uma realidade na Diocese de São José do Rio Preto. Em Missa celebrada na Catedral, as lideranças das Comunidades e aquelas irmanadas aos diversos organismos Diocesanos reafirmaram o compromisso com a convocação feita pelo Papa Francisco. O encontro, na memória de Santa Terezinha do Menino Jesus, em 1º de outubro, associou as iniciativas futuras à Padroeira das Missões. A ocasião foi igualmente oportuna para que os presentes rendessem graças a Deus pelas várias ações já realizadas e que, a título de registro, foram exibidas em vídeo projetado antes da Procissão de Entrada.
“Ide, por todo o mundo, e anunciai o Evangelho”
O refrão do Salmo, no contexto celebrativo, foi a síntese da mensagem sublinhada pelo bispo diocesano, dom Tomé Ferreira da Silva. O Epíscopo explicou que “missão é continuar a obra de Nosso Senhor Jesus Cristo, realizando-a na força do Divino Espírito Santo”. A partir dessa certeza, o religioso mostrou que “São Paulo, apóstolo, não faz uma sugestão ou pedido, mas realiza uma súplica, praticamente implorando: proclama a Palavra e insiste, oportuna e inoportunamente, convence, repreende e exorta com toda a longanimidade e ensinamento”.
Certo de que as missões (no plural, como destacou o bispo) “se diversificam em cada cultura e espaço”, dom Tomé recordou a promessa de Jesus Cristo, “missionário de Deus Pai”, que garantiu estar com os seus, todos os dias, até o final dos tempos. “A missão é a mesma para toda a Igreja: anúncio testemunhal e ‘presenciação’ do Reino de Deus”, completou o líder católico nessa porção do Noroeste Paulista.
Dom Tomé evocou, ainda durante a fala, passagens de sua infância e ao longo da caminhada em que ouviu falar em missões. O religioso garantiu perceber que a repetição dos apelos pela missão aumenta à proporção da diminuição do ânimo missionário do povo. A análise foi o indicativo para uma dura conclusão e que fez pensar que o trabalho missionário ainda não está, salvo exceções, totalmente enraizado no coração dos católicos. “O empenho missionário pressupõe a vida de fé”, completou o bispo. Ainda no trânsito da reflexão, diversas realidades parecem “afetar a nossa disposição, confiança e ânimo nas missões”, alertou dom Tomé.
Clamando a intercessão de Nossa Senhora, em seu Imaculado Coração, de São José de Botas, São Francisco Xavier, Santa Terezinha, do Beato Mariano e da Madre Assusta; como modelos para a Diocese de São José do Rio Preto, o bispo se mostrou confiante na “conversão pastoral” dos Diocesanos em prol das Missões.
Testemunhos
Se a homilia proferida conduziu a um verdadeiro “exame de consciência”, o testemunho e a partilha de produções jornalísticas, na sequência, foram a materialização de que a missão é possível. “Evangelizar é preciso. É urgente”, disse Rogério Aquino. O músico, líder da Banda Ecclesis, esteve em diversas oportunidades na Região Norte do Brasil; ocasiões em que pode verificar que “em meio a tantas dificuldades não faltam sorrisos”. Rogério foi além em sua partilha e alertou que também não é preciso ir para longe para evangelizar. “As ‘Ilhas do Marajó’ estão no nosso bairro”, completou.
Ações missionárias na Amazônia e na Diocese de Pemba, na África, foram destacadas em matérias que mostraram as adversidades, mas a esperança firme e viva do povo nessas “porções distantes”. Em especial no Continente Africano, a presença da Diocese de São José do Rio Preto se constitui em testemunho de compromisso missionário a partir do incentivo por meio do resultado de diversas campanhas. “As doações vieram dos corações dos senhores e das senhoras”, sublinhou dom Tomé ao apresentar um balaço da participação da Diocese nas Coletas incentivavas pela Igreja no Brasil.
Gestos concretos
Para que o Mês Missionário Extraordinário seja luz na caminhada de toda a Diocese, especialmente em outubro, dom Tomé abençoou velas que foram entregues aos padres. A primeira, como sinal, seguiu para o padre Rafael Henrique, responsável pela Dimensão Missionária em São José do Rio Preto. As demais, assim que distribuídas aos Presbíteros, foram levadas por eles aos seus respectivos paroquianos para que, no final de semana próximo, sejam entronizadas nas Comunidades.
Em vista de favorecer o incentivo material necessário às Missões (além das orações constantes solicitadas aos presentes), foram distribuídas sacolas, umas em tecido verde e outras em branco. Os “dispositivos” fazem parte de uma grande ação coordenada por dom Tomé: cada fiel presente à Missa, além dos padres, religiosos e demais lideranças ficaram encarregados de angariar fundos para as Missões. A saber: aqueles com a sacola branca incentivarão as iniciativas na Amazônia. A turma que retirou a sacola verde, favorecerá a África. “Peça a quem você puder”, incentivou o bispo. O momento, junto às preces dos fiéis, foi concluído com a Oração pelo Sínodo para a Amazônia.
Fazendo menção ao ressoar dos sinos que na terça-feira, 1º de outubro, no contexto da Semana Nacional da Vida, sinalizaram o compromisso da Igreja na proteção desde a concepção ao natural declínio, dom Tomé convidou o povo, irmanado como Diocese, a rezar o Pai Nosso de mãos dadas. Unidos e fortalecidos na Eucaristia, sob a materna proteção de Nossa Senhora, os fiéis se colocaram em marcha como “batizados e enviados” para ser “a Igreja de Cristo em missão no mundo”.
Fotos da Celebração Eucarística de abertura do mês missionário extraordinário
TEXTO / FOTOS
André Botelho
Assessoria de Comunicação
Santuário São Judas Tadeu