Jovens = desafio
A Igreja está pronta para se por “à escuta da voz, da sensibilidade e da fé dos jovens, mas também quer ouvir suas críticas e dúvidas”, disse Baldisseri. “O tema dos jovens é um desafio e a Igreja não tem medo de enfrentá-lo, mesmo que seja difícil e insidioso”, prosseguiu.
Participarão da Assembleia sinodal, nas três semanas de debates, 267 Padres Sinodais, 23 especialistas e 34 auditores jovens de 18 a 29 anos, cuja voz será a representação de seus coetâneos no mundo. Depois do acordo provisório assinado entre a Santa Sé e a China, pela primeira vez, estarão também na Sala Nova do Sínodo no Vaticano dois bispos da China continental”.
Indo além dos escândalos
“Os jovens olharão para a Igreja ‘além dos escândalos que a atingiram’, pois são abertos para compreender a fragilidade humana”, completou o Secretário-geral, explicando que “os trabalhos serão divididos em três fases, correspondentes às partes do Documento de Trabalho (Instrumentum Laboris): Reconhecer (a Igreja em escuta da realidade); Interpretar (fé e discernimento vocacional); e Escolher (caminhos de conversão pastoral e missionária).
Instrumentum Laboris é ponto de partida
Por sua vez, o Cardeal brasileiro Sérgio da Rocha, nomeado pelo Papa como Relator-geral do Sínodo sobre os Jovens, indicou que o Instrumentum Laboris é a referência, a síntese das milhares de páginas de testemunhos, reflexões e demandas que provieram de todo o mundo. “Certamente não é a receita pronta para acompanhar os jovens à fé e à plenitude da vida, nem muito menos uma solução fabricada para os questionamentos propostos no encontro pré-sinodal”.
Um “novo” Sínodo
Ainda na coletiva, foi apresentada a nova Instrução sobre a celebração das Assembleias Sinodais e a atividade da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, promulgada com a constituição apostólica do Papa, Episcopalis communio, no último dia 15 de setembro.
“Todas as funções e procedimentos estão regulamentados para facilitar o máximo os debates e a troca de opiniões entre os Padres Sinodais, de modo que possa emergir a riqueza das vozes das Igrejas espalhadas por toda a terra”, explicou o subsecretário Fabio Fabene.
Poder deliberativo
Uma das principais novidades da nova Instrução é que o Sínodo poderá ter poder deliberativo, se o Papa assim decidir. Neste caso, o Santo Padre apenas ratificaria o Documento Final redigido e aprovado na conclusão da Assembleia.
Fonte: Vatican News