Marcha pela Vida denuncia iniciativa em favor do aborto e defende diretos do nascituro

O Rio de Janeiro acolherá no próximo domingo, 6 de maio, sua 6ª Marcha pela Vida, na qual os organizadores pretendem chamar a atenção para votação no Supremo Tribunal Federal de questão que pode permitir a realização do aborto até 12 semanas de gestação; por outro lado, o evento também pedirá a aprovação do Estatuto do Nascituro.

A 6ª edição da Marcha pela Vida contra o Aborto, promovida pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto, terá como tema “Vida pra viver” e levantará como uma de suas importantes pautas a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que permite a realização do aborto no Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando, apenas, o consentimento da gestante.

A relatora desta ADPF, a ministra Rosa Weber, convocou uma audiência pública para discutir a questão, prevista para acontecer em junho.

Em declarações ao site da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a coordenadora estadual do movimento, Maria José da Silva, explicou que a ADPF 442 tramita no STF após ser protocolada por um partido. Segundo ela, “não podemos permitir que essa ameaça venha ceifar a vida de tantos bebês”.

“Não queremos que nosso dinheiro seja repassado para derramar sangue de inocentes. Pedimos para que as pessoas entrem em contato com seus deputados para cobrar um posicionamento quanto a isso”, acrescentou.

Além disso, a Marcha pela Vida também tem em sua pauta o pedido de aprovação do Estatuto do Nascituro – Projeto de Lei (PL) 478/2007, que segue, há 11 anos, em tramitação no Congresso.

“Iniciamos uma campanha de coleta de assinaturas em apoio ao projeto. Aqueles que puderem participar podem acessar o site brasilsemaborto.org e assinar a folha de coleta. Com o estatuto aprovado, é possível garantir a proteção tanto da gestante quando do bebê”, pontuou Maria José.

Nesse sentido, a coordenadora explicou que o objetivo da Marcha é “conclamar e conscientizar a sociedade brasileira das ameaças à vida humana no ventre materno, de modo especial, repudiando toda tentativa de descriminalização do aborto no Brasil”.

“O movimento é de natureza suprapartidária e suprarreligiosa, tem a adesão de lideranças de diversos segmentos e reivindica o mais importante direito do cidadão: o direito à vida humana, garantido na Constituição Federal”, assinalou.

Participarão do evento artistas, autoridades, representantes de diversas denominações religiosas, entre os quais o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.

Em um vídeo publicado pela página ‘Marcha pela Vida – RJ’ no Facebook, Dom Orani destacou que, “em meio a tantas ameaças à vida, com a cultura de morte que vai sendo semeada, nós convidamos você, que sabe da importância da vida e quer lutar por ela, a se manifestar”.

“É necessário que se escute também a nossa voz, dizendo que a vida tem privilégio de poder existir e é um dom que devemos cada vez mais valorizar, que possa, desde a concepção até a morte natural, ser bem assistida”, reforçou o Purpurado.

A 6ª Marcha pela Vida do Rio de Janeiro acontecerá no domingo, 6 de maio, a partir das 14h, na Praia de Copacabana. A concentração será em frente à Rua Miguel Lemos, no Posto 5.