“Oração numa Igreja em saída”. Esse é o tema para o Ano Pastoral 2024 na Diocese de São José do Rio Preto. O indicativo, apresentado durante a Missa em Ação de Graças pelos 95 anos de criação da Igreja Particular disposta no Noroeste do Estado de São Paulo, dia 25 de janeiro, na Catedral, está em comunhão com o Papa Francisco e a preparação para o Ano Santo, em 2025. “Que esse período seja muito fecundo”, desejou Dom Antonio Emidio Vilar, sdb, em sua partilha. A Celebração foi animada pelo Coro Diocesano Imaculado Coração de Maria.
Também em sintonia com o Pontífice, sempre desejoso de ver a Igreja em constante atitude de saída, foi realizado o envio de missionários para o Acre. A partir do Projeto Igrejas Irmãs, a Região Amazônica e o interior paulista se fazem próximos na atuação de voluntários que, já em fevereiro, estarão à disposição de Dom Flávio Giovenale, sdb, em Cruzeiro do Sul. Dois padres, a partir de agosto, seguirão para a Região Norte para uma vivência com duração de dois anos. O Vigário Geral da Diocese, Pe. Edvaldo Calazans, é um dos promotores da parceria que igualmente conta com o incentivo do Conselho Missionário Diocesano.
Ainda no contexto de uma abertura maior, que sobremaneira acolha os empobrecidos, Dom Vilar também citou as Comunidades Eclesiais Missionárias atuantes nas 72 Paróquias da Diocese e o apoio que recebem da Revista Igreja em Rede (publicação que oferece encontros mensais à luz da Palavra de Deus). Na “recordação histórica” destacada pelo assessor do Serviço Diocesano de Comunicação, Pe. Paulo Castro, os avanços na área foram sublinhados.
Rumo ao centenário
Ainda na partilha conduzida pelo presbítero, os fatos relevantes nas mais de nove décadas de história e fé foram ilustrados a partir dos bispos que atuaram, em colaboração com padres e demais forças vivas, em São José do Rio Preto. Entre eles, o cardeal Orani João Tempesta, O.Cist, de 1997 a 2004.
Para inserir os fiéis na caminhada rumo ao centenário, foi lançada uma marca que, ano a ano, ganhará novos elementos até estar completa em 2029 (ocasião em que os 100 anos de criação da Diocese serão celebrados). A concepção artística da logo foi de Gustavo Barusso, da Pastoral da Comunicação da Paróquia Santa Luzia, em São José do Rio Preto.
Dinâmica Pastoral
Para unir ainda mais os agentes da Igreja na região, diretrizes e estatutos diocesanos foram atualizados. A entrega dos documentos é uma das marcas positivas da atuação de Dom Vilar nesses quase dois anos desde a sua chegada à Diocese. O coordenador de pastoral, Pe. Luiz Caputo, comemorou o avanço e, unido aos padres responsáveis pelas 8 Foranias que compõe a Igreja Particular, celebrou, também, a edição do Anuário com a programação que contará com assembleias, peregrinações e diversos momentos de formação.
Vocações
Os seminaristas da Diocese de São José do Rio Preto foram apresentados à Comunidade. Os Seminários Propedêutico Nossa Senhora da Paz e Sagrado Coração de Jesus receberão, nas várias etapas da formação, 25 vocacionados. Também foi motivo de comemoração as ordenações presbiterais dos diáconos Rodrigo Cardoso, Wagner Gonçalves e Pedro Henrique Sant’Anna. Ainda no mês de fevereiro, o seminarista Junior Dugnani alcançará o grau do diaconado.
“Que a Diocese se una com todas as forças, Paróquias e Entidades. Que assim como São Paulo, assumamos um novo olhar: o olhar do Cristo Ressuscitado. Que tenhamos proximidade com todos, especialmente os mais sofridos. Recordemos que cada Cristão é enviado em missão porque sua vida é graça”, concluiu Dom Antonio Emidio Vilar, sdb, ao confiar a Diocese de São José do Rio Preto ao seu padroeiro, o Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria; assim como fez o primeiro bispo local, Dom Lafayette Libânio a partir da concessão do Papa Pio XII, em 1954.
Breve resumo histórico
25 de janeiro de 1929. O Papa Pio XI, no sétimo ano do seu pontificado, publica a Bula “Sollicitudo Omniun Ecclesiarum” (“O cuidado de todas as Igrejas”). A partir dela; atendendo ao pedido do então bispo de São Carlos, Dom José Marcondes Homem de Mello, é oficializada a criação das Dioceses de Jaboticabal e Rio Preto.
Na mesma Bula a Paróquia de São José é elevada à dignidade de Catedral. Com isso, ela passa a ser a “igreja do bispo” responsável pela comunidade católica presente – naquela época – em Rio Preto, Ibirá, Santa Adélia, Tabapuã, Mirassol, Nova Granada, Monte Aprazível, Tanabi, Ariranha, Catanduva, Potirendaba, Inácio Uchoa, Cedral, José Bonifácio e Fernando Prestes.
Além de criar a Diocese de Rio Preto, foi o Papa Pio XI quem nomeou o primeiro bispo local: em 8 de agosto de 1930, Dom Lafayette Libânio era escolhido para pastorear a recém criada “Igreja Particular”. O religioso tomou posse em 22 de janeiro de 1931, ficando no cargo até 1966. Entre 1957 e 1968, Dom Lafayette foi auxiliado por Dom José Joaquim Gonçalves (que posteriormente foi Bispo Auxiliar de Curitiba e primeiro bispo de Cornélio Procópio, onde esta sepultado). Posteriormente vieram Dom José de Aquino Pereira (2º Bispo Titular, de 1968 a 1997), Dom Orani João Tempesta (3º Bispo, de 1997 a 2004), Dom Paulo Mendes Peixoto (4º Bispo, de 2006 a 2012), Dom Tomé Ferreira da Silva (5º bispo, 2012 a 2021) e Dom Moacir Silva (Administrador Apostólico, 2021 e 2022). O salesiano Dom Antonio Emidio Vilar é o 6º bispo titular e governa a Diocese de São José do Rio Preto desde 19 de março de 2022.
FOTOS
Gustavo Barusso
Hugo Vianna
Marcos Freitas
TEXTO
André Botelho
Pascom / Assessoria de Imprensa
Diocese de São José do Rio Preto