O Papa Francisco se dispôs nesta terça-feira (5/2) durante a viagem entre Emirados Árabes e Itália, a mediar a crise venezuelana.
A decisão do pontífice foi comunicada pela Rádio Vaticano.
“Para que a mediação ocorra, é necessária a vontade de ambas as partes, que ambas as partes pedem”, disse.
O ditador Maduro enviou-lhe uma carta via bolsa diplomática, que até a tarde de ontem, antes da declaração, não havia sido aberta ainda.
“Eu não li ainda, vamos ver o que pode ser feito.”, afirmou. “Agora vou ver essa carta, vou ver o que pode ser feito. Mas com a condição de que ambas as partes peçam por isso. Eu estou sempre disposto.”, completou.
Ele lembrou que o papa João Paulo II mediou um impasse entre Chile e Argentina.
O pontífice comparou a situação com uma briga de casal. Segundo ele, primeiro um dos lados procura o padre, em seguida o outro.
“Quando as pessoas vão ao padre porque há um problema entre marido e mulher, primeiro um vai. Mas ele pergunta: a outra parte quer ou não quer? Mesmo para países, essa é uma condição que deve fazê-los pensar antes de pedir facilitação ou mediação”, destacou.
Maduro disse que pediria ao Papa auxílio para abrir o diálogo.
Fonte: Terça Livre